As pintas são uma característica comum na pele de muitas pessoas. Embora a maioria delas seja inofensiva, é importante estar atento a qualquer mudança ou característica que possa indicar um problema.
Vamos entender um pouco mais sobre elas neste artigo.
O que são as pintas?
Pintas, também conhecidas como nevos, são pequenas manchas ou elevações na pele causadas por um acúmulo de melanócitos, que são células produtoras de melanina (o pigmento que dá cor à pele).
Elas podem variar em cor (marrom, preto, vermelho, rosa) e tamanho, e podem ser planas ou elevadas. A maioria das pessoas possui entre 10 e 40 pintas, que geralmente aparecem durante a infância e adolescência.
E que perigos elas podem representar?
Embora a maioria das pintas seja benigna, algumas podem se transformar em melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele. É essencial monitorar suas pintas regularmente e procurar um dermatologista se notar qualquer alteração.
Aqui estão alguns sinais de alerta:
Regra do ABCDE
1. Assimetria (A): se uma metade da pinta não corresponde à outra metade;
2. Bordas (B): bordas irregulares, entalhadas ou mal definidas;
3. Cor (C): variações de cor, como diferentes tons de marrom, preto, branco, vermelho ou azul;
4. Diâmetro (D): pintas com mais de 6 mm de diâmetro (aproximadamente o tamanho de uma borracha de lápis) ou que crescem em diâmetro;
5. Evolução (E): mudança no tamanho, forma, cor ou sintomas (como coceira ou sangramento) de uma pinta.
Link Instituto Melanoma Brasil: https://www.melanomabrasil.org/voce-conhece-a-regra-do-abcde/
Se você observar qualquer um desses sinais, é importante consultar um dermatologista para uma avaliação mais detalhada.
Entendemos que esse assunto levanta diversas dúvidas, por isso vamos falar um pouco sobre cada uma delas?
Qual a diferença entre pintas e sinais de nascença?
As pintas são aglomerados de melanócitos que podem aparecer em qualquer fase da vida, sinais de nascença são marcas presentes desde o nascimento e podem ser vasculares (causados por vasos sanguíneos) ou pigmentares (causados por um excesso de células produtoras de pigmento).
Como é feita a remoção?
As razões para a remoção podem ser estéticas ou devido a suspeitas de malignidade. Os métodos incluem excisão cirúrgica, eletrocauterização, crioterapia e laser.
É crucial que a remoção de pintas seja realizada por um dermatologista qualificado para evitar complicações.
O que são as pintas vermelhas?
Pintas vermelhas, também conhecidas como angiomas ou nevo rubi, são geralmente benignas e resultam do crescimento excessivo de pequenos vasos sanguíneos. Embora sejam inofensivas, muitas pessoas buscam removê-las por motivos estéticos.
Pintas são genéticas?
A genética desempenha um papel significativo na quantidade e tipo de pintas que uma pessoa pode ter. Indivíduos com histórico familiar de pintas atípicas ou melanoma devem ser especialmente vigilantes e realizar exames de pele regulares.
A exposição solar pode formar novas pintas?
A exposição ao sol é um fator de risco para a formação de novas pintas e para a transformação das já existentes em melanoma. Usar protetor solar diariamente e evitar a exposição excessiva ao sol são medidas preventivas importantes.
As pintas nas crianças são perigosas?
Pais frequentemente pesquisam sobre a presença de pintas em seus filhos. Enquanto a maioria delas em crianças é inofensiva, é aconselhável monitorá-las. Além disso, deve-se educar os pequenos a respeito da importância da proteção solar.
As pintas são comuns e, na maioria das vezes, benignas. No entanto, estar atento a mudanças nas mesmas e conhecer os sinais de alerta para o melanoma é crucial para a detecção precoce e tratamento.
Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre suas pintas, consulte um dermatologista para uma avaliação profissional. A prevenção, por meio da proteção solar e do monitoramento regular, é a melhor maneira de manter sua pele saudável e reduzir os riscos associados às pintas.
Conheça a Dra. Juliana Jordão
A Dra. Juliana Jordão é uma renomada médica dermatologista com uma ampla trajetória acadêmica e profissional.
Graduada pela Faculdade Evangélica do Paraná, ela consolidou sua expertise ao obter especialização em Dermatologia pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC).
Sua dedicação e excelência na área a conduziram a se tornar Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
Além disso, a Dra. Juliana Jordão enriqueceu sua formação internacionalmente como Clinical Fellow em Laserterapia e Fotodermatologia na Skin and Laser Center of Boom, na Bélgica. Atualmente, ela lidera o ambulatório de Laserterapia da residência de Dermatologia do HUEC, é Mestre em Princípios da Cirurgia e pesquisa ativamente em Laserterapia e Cosmiatria.