O que a dermatologia diz sobre os queridinhos do momento: os suplementos da moda!
A cada semana, um novo suplemento vira trend nas redes sociais. Cápsulas de beleza, colágeno “gold”, antioxidantes encapsulados, nutricosméticos com nomes glamourosos. Mas… o que realmente funciona? É ciência ou só marketing bem feito?
Se você é do tipo que cuida da pele com seriedade — e tem critérios antes de investir em produtos — este conteúdo é para você. Vamos direto ao ponto: o que os estudos mostram sobre os suplementos mais populares quando o assunto é pele, envelhecimento e beleza?
Colágeno hidrolisado: hype com respaldo?
Entre todos os suplementos, o colágeno é provavelmente o mais estudado. E, sim, os resultados são positivos, desde que ele seja ingerido na forma e na dose corretas.
Evidência clínica: uma meta-análise publicada no Journal of Drugs in Dermatology mostrou que o uso diário de colágeno hidrolisado por 8 a 12 semanas melhora a hidratação, elasticidade e densidade da pele, especialmente em mulheres entre 35 e 60 anos.
O segredo está nos peptídeos: nem todo colágeno é igual. O colágeno hidrolisado em peptídeos bioativos (como Verisol® ou Peptan®) tem maior absorção e atua diretamente nos fibroblastos, as células que produzem colágeno na pele.
- Veredito dermatológico: funciona,ok? Desde que seja prescrito com base no seu perfil e associado a uma rotina integrada de cuidados com a pele.
Antioxidantes em cápsulas: vale incluir na rotina?
Antioxidantes como vitamina C, E, coenzima Q10, astaxantina, resveratrol e polifenois entraram com força nas prateleiras de beleza. A promessa? Neutralizar os radicais livres, protegendo a pele do envelhecimento precoce.
Um estudo publicado na Nutrients (2021) observou que a suplementação com astaxantina por 12 semanas reduziu a profundidade de rugas e aumentou a elasticidade da pele.
Já a vitamina C oral mostrou melhora na qualidade da derme, principalmente quando combinada com vitamina E.
- Veredito dermatológico: antioxidantes funcionam, especialmente quando há exposição solar frequente, estresse oxidativo alto ou dietas pobres em nutrientes naturais. Porém, o ideal é personalizar o tipo e a dose com um profissional.
Suplementos com nomes exóticos: adaptógenos, cogumelos e promessas holísticas.
Ashwagandha, reishi, cordyceps, maca peruana. Muitos prometem regular o cortisol, melhorar o sono e até trazer mais viço à pele. No entanto, a maior parte dessas promessas ainda carece de estudos clínicos dermatológicos robustos.
Alguns estudos apontam que adaptógenos como a ashwagandha podem ajudar indiretamente, ao reduzir o estresse crônico, que acelera o envelhecimento da pele.
- Veredito dermatológico: promissor, mas não essencial. Pode ser complementar em rotinas integrativas, desde que com orientação.
Suplemento não substitui tratamento
É importante reforçar: suplementos não fazem milagre sozinhos. A pele responde melhor quando há sinergia entre nutrição, cosméticos, fotoproteção e procedimentos dermatológicos, como bioestimuladores, lasers e peelings.
Muitas mulheres de alto rendimento estão substituindo a lógica do “kit cápsula” pela estratégia personalizada de skincare com performance real, indicada por profissionais que entendem bioquímica, hábitos e ciclos hormonais.
Como saber o que vale a pena investir?
A regra é simples: o que tem estudos clínicos bem desenhados, funciona. O que tem só embalagem bonita, não sustenta resultado. Suplementos de beleza podem (e devem) ser aliados, mas com propósito e acompanhamento.
Se você quer clareza sobre o que realmente sua pele precisa — e não o que o marketing empurra —, converse com uma dermatologista que estuda ciência, estuda você e lhe entrega uma estratégia pensada para a mulher que você é.
Conheça a Dra. Juliana Jordão
A Dra. Juliana Jordão é uma renomada médica dermatologista com uma ampla trajetória acadêmica e profissional.
Graduada pela Faculdade Evangélica do Paraná, ela consolidou sua expertise ao obter especialização em Dermatologia pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC).
Sua dedicação e excelência na área a conduziram a se tornar Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.