Câncer de pele: como identificar sinais suspeitos e quando procurar o dermatologista.

Câncer de pele: como identificar sinais suspeitos e quando procurar o dermatologista.

O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer em todo Brasil e até mesmo no mundo, e apesar das estimativas altas, poucas pessoas sabem a respeito sobre o assunto. No artigo de hoje, iremos falar sobre os diferentes tipos de câncer de pele, diagnóstico e tratamento.

Quais são os diferentes tipos de câncer de pele?

O câncer de pele costuma ser corretamente relacionado à exposição aos raios ultravioletas e a fatores como as câmaras de bronzeamento. Porém, existe uma pequena parte de indivíduos predispostos à desenvolver o câncer de pele de forma hereditária, sem necessariamente estar exposto a fatores externos. Alguns subtipos de câncer de pele são:

Carcinoma basocelular

O carcinoma basocelular é uma neoplasia maligna, originada na camada basal da epiderme interfolicular e/ou da bainha externa do folículo piloso. Este tipo de carcinoma é a subcategoria que mais atinge a população no mundo todo, estando relacionado a cerca de 80% dos cânceres de pele.

Esse tipo de tumor é diagnosticado como lesões isoladas e bem localizadas em áreas de maior exposição, como braços e a face. No entanto, pode aparecer de forma múltipla, quando relacionada à síndromes genéticas, como a síndrome de Gorlin-Goltz.

De modo geral, sua epidemiologia atinge, principalmente homens idosos (cerca de 60% dos casos, de pele clara e com histórico de exposição intermitente aos raios ultravioletas sem proteção solar adequada. 

Carcinoma espinocelular

O carcinoma espinocelular, origina-se da proliferação atípica da camada espinhosa da epiderme, sendo esta, a segunda subcategoria de câncer de pele mais comum, representando cerca de 20% das neoplasias.

Seu principal fator de risco, é a exposição cumulativa à radiação ultravioleta ao longo da vida, mas, ainda, pode estar relacionado à exposição a químicos como arsênico e hidrocarbonetos policíclicos.

Ademais, a principal população atingida pelo carcinoma espinocelular são homens idosos, com histórico de exposição solar. Quando atinge pacientes transplantados, costuma agir de forma mais agressiva, resultando em metástases e aumentando a mortalidade.

Melanoma cutâneo

O Melanoma Cutâneo, embora represente uma parcela relativamente pequena (apenas 2% a 4%) do total de casos de câncer de pele, é o tipo mais agressivo, sendo responsável por aproximadamente 75% das mortes relacionadas a essa categoria de câncer.

Sua origem ocorre nos melanócitos, células especializadas localizadas na camada basal da epiderme, cuja função primária é a produção de melanina — o pigmento que confere cor à pele e a protege dos danos da radiação ultravioleta (UV).

A alta taxa de mortalidade se deve à sua capacidade de crescimento rápido e à tendência precoce de metástase, porém quando diagnosticado e tratado de forma rápida, seu prognóstico apresenta altos índices de cura.

Prevenção

A prevenção é a ferramenta mais eficaz  contra o câncer de pele, pois a maior parte dos casos está associada à exposição excessiva à radiação (UV) do sol e de outras fontes artificiais, como no caso dos bronzeamentos.

A proteção diária com uso de protetor solar, idealmente com proteção de 50 FPS ou mais em todas as épocas do ano é imprescindível, além da reaplicação a cada 2 à 3 horas ou imediatamente, após o suor excessivo ou contato com a água.

Ainda, sempre que possível, limite a exposição solar entre os horários de maior radiação (entre 10h e 16h), procurando sempre ficar em locais com sombra e utilizar chapéus, óculos escuros e roupas que possuam proteção solar.

Regra do ABCDE das pintas

O ABCDE das pintas, é uma forma de memorização, simples e eficaz, criada por dermatologistas, para auxiliar a população a identificar pintas suspeitas (nevos) que possam indicar o melanoma cutâneo.

Ela descreve as cinco principais características a serem observadas:

  1. Assimetria (A): crie uma linha imaginaria no centro da pinta e analise se a mesma possui duas metades semelhantes;
  2. Bordas (B): analise como as bordas estão (irregulares, mal definidas), pois normalmente, pintas benignas possuem margens lisas e uniformes;
  3. Cor (C): analise se a pinta possui uma única tonalidade ou se possui mais cores dentro da mesma lesão;
  4. Diâmetro (D): pintas com o diâmetro maior 6 milímetros devem acender o sinal de alerta;
  5. Evolução (E): qualquer mudança perceptível ao longo do tempo deve ser levado em consideração, como tamanho, cor, elevação, coceira ou sangramento.

Estes cinco sinais de alerta são uma ferramenta para triagem, porém apenas o exame clínico com dermatoscopia e biópsia podem confirmar qualquer tipo de diagnóstico. Dessa forma, se notar qualquer tipo de pinta suspeita, procure por um dermatologista especializado para auxiliá-lo.

Conheça a Dra. Juliana Jordão

A Dra. Juliana Jordão é uma renomada médica dermatologista com uma ampla trajetória acadêmica e profissional.

Graduada pela Faculdade Evangélica do Paraná, ela consolidou sua expertise ao obter especialização em Dermatologia pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC).

Sua dedicação e excelência na área a conduziram a tornar-se Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

A nossa clínica está localizada no Edifício New Zealand – R. Dr. Alexandre Gutierrez, 826 – Sala 404 – Batel, Curitiba – PR.

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